segunda-feira, 9 de junho de 2008

Entrevista Nelson de Queiróz e Dias

Como um eterno aprendiz, sempre procuro me relacionar com musicos que levam seu trabalho a nível de respeito e ética. Não só músicos, mas também profissionais na área de marketing, que sempre visam o progresso e estão sempre buscando novos horizontes.

Para essa entrevista, busquei o guitarrista Nelson de Queiróz e Dias que está um passo a frente da evolução como músico, e sempre com idéias inovadoras, sempre buscando a superação. Nelson, muito obrigado pela sua entrevista. Um grande abraço.

Por Nettão Cambiaghi


BLOG 3M: Como anda o cenário da musica instrumental atualmente?
Nelson: Pode-se dizer que tem crescido, principalmente devido o avanço da Internet. Mas é evidente que nós, amantes da música instrumental, ainda formamos um grupo muito restrito.

BLOG 3M: Qual o papel do violão hoje na música brasileira? Estão fazendo bem o uso desse instrumento?
Nelson:
Embora não esteja em alta na mídia e no mercado, o violão brasileiro é bastante respeitado. Instrumentistas como Nelson Faria e Chico Pinheiro são grandes representantes das nossas seis cordas lá fora.

BLOG 3M: Você tem ministrado aulas de violão e de guitarra ultimamente. Qual é o público que está procurando esses instrumentos?
Nelson:
Uma parcela razoável deste público parte realmente do começo, ingressando nos níveis mais elementares. A faixa etária varia bastante. Tenho alunos de 12 a 50 anos.

BLOG 3M: Faça uma comparação entre o Nelson professor, músico e como pessoa.
Nelson:
Não há muita diferença de um para o outro. Procuro sempre ser humilde e aprender o máximo que posso. Costumo estar de bom humor mas, como músico, dizem que sou um pouco perfeccionista demais. Mas não acho isso ruim, não medida em que se sabe aparar arestas.

BLOG 3M: Quais são seus equipamentos hoje?
Nelson:
Conto com guitarras Ibanez AFS75 (acústica) e Godin LGT, uma pedaleira Korg AX 1500 e um amplificador Mesa/Boogie DC-2.

BLOG 3M: Você acredita na improvisação livre ou sempre temos que seguir algum "padrão"?
Nelson: Ao meu ver, a improvisação emana do músico. Vem do seu âmago, da sua intuição. A questão é que, para traduzir tais vibrações, o conhecimento teórico e harmônico é imprescindível, pois nem sempre, como quando conversando, sabemos o efeito que alguma palavra (nota) pode ter se não bem aplicada. O ideal é unir talento e musicalidade a estudo e dedicação.

BLOG 3M: Como andam os músicos de Piracicaba? O que falta neles? Quais são os pontos positivos e os negativos?
Nelson:
Felizmente, Piracicaba é um solo fértil para a música. Há, na cidade, músicos e professores de altíssimo gabarito. A única coisa que talvez nos falte é um pouco de união em prol da classe. É importante estarmos sempre juntos.

BLOG 3M: Quais bandas/músicos que você recomenda para as pessoas que querem conhecer mais o violão e a guitarra?
John Scofield e Romero Lubambo são boas pedidas.

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