quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Músico como Gestão Empresarial

Antes de iniciarmos, quero deixar claro que meu objetivo aqui é gerar desconforto. Sim, atualmente, funcionários de quaisquer empresas, músicos, focam em suas carreiras e deixam ser influenciados pela zona de conforto, gerando visibilidade de atuar da mesma maneira com tranquilidade e pouco esforço. Quando um funcionário, em qualquer nível hierárquico, não se sente pressionado, não é obrigado a ter novos conhecimentos para gerar resultados dentro de uma empresa; de duas uma; Ou a empresa não gera espaço para o desenvolvimento profissional ou o próprio funcionário está desmotivado e sem autorealização. Resultado: Pouco resultado para a empresa, alto custos pelos pontos negativos, nesse caso; rua.
Como esse Blog também é voltado para os músicos, isso também pode ocorrer nas bandas. Sempre vejo reclamações do tipo: “não leva a sério”, “brinca em serviço”, “não tira as músicas”, “falta de ensaio” etc. Aqui, novamente, podemos comentar que esses resultados podem ter dois problemas: Ou o músico, funcionário, está com problemas de autorealização/profissionalismo, ou a empresa, nesse caso a banda, está mal estruturada para receber seus funcionários capacitados. Essa última possibilidade, a meu ver, sempre é a responsável pelo péssimo andamento de qualquer empreendimento musical.
Uma banda necessita estratégias de marketing, de gestão de pessoas, finanças, compras, reuniões etc. Uma banda necessita de um líder; um porta-voz. Esse líder tem a obrigação de ter visão empresarial, visão musical, visão de valores éticos e profissionais. Nada adianta ser um ótimo músico sem nenhuma dessas características incorporadas. O que vemos nesses resultados, são músicos com um nível técnico altíssimo e sempre tocando sozinho exibindo técnicas mais pitadas de arrogância. É claro que, existem profissionais que não levam o trabalho a sério, gerando assim, desconforto e má qualidade nos ensaios. Por isso dou meus parabéns a bandas que duram mais de 2 anos na cidade. Pois o objetivo as metas estão, a meu ver, bem exploradas, assim como numa organização.
Os péssimos trabalhos também são vistos em escolas de música. Escolas que se autodenominam “casas de ensino” e não têm nenhum valor ético, nenhuma noção de atendimento ao cliente; pedagogia. Cobram mensalidades absurdas que desvalorizam o trabalho do músico e também, o próprio nome da escola.
Vejamos: “Ontem, comi um lanche muito gostoso. Paguei R$ 25,00. Sim, é caro, mas volto a comer com certeza. Qualidade excelente!” outra possibilidade: “Ontem comi um lanche enorme, gostoso, tinha tudo que você pode imaginar! Maionese, frango, carne... Enfim, gigante! Sabe quanto eu paguei? R$ 2,50!”.
A pessoa de segunda ocasião pode até estar falando a verdade em relação ao custo benefício do alimento, mas tenho certeza que a primeira pergunta ou ação, é questionar a qualidade do lanche pelo valor proporcional do lanche. “Deve ser horrível!”
Então dá próxima vez que criticar seu colega de trabalho, reclamando suas atitudes, sendo ele músico, produtor, publicitário, lixeiro ou economista; pense que você tem dois lados: Ou empresa/banda que ele trabalha está mal estruturada e não comporta o seu desenvolvimento profissional ou ele realmente precisa direcionar sua vida para novos objetivos; tocar outro instrumento, fazer uma outra faculdade ou, melhor ainda, ter um amadurecimento pessoal.
PS: Termos como “brincar”, ”dar uma zuada” e/ou “sem compromisso”, somente quando a pessoa tem um tempo disponível, pois em pleno século XXI o que mais procuramos é tempo útil. E, se nenhuma ação leva a lugar nenhum, por que gastar tanta energia? Só se música por tratada como hobby ou você tem uma outra fonte de renda e considerar sua banda como aquele joguinho de futebol aos sábados. Ou você já ouviu alguém dizer: “Vamos lá na empresa, só para zuar, ligar para alguns clientes, sem compromisso”.
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