quarta-feira, 3 de março de 2010

Marketing - Gestão Empresarial no Mercado Musical


Baterista Oswaldo Netto fala sobre a profissionalização no meio musical e a importância do planejamento das ações

Quando uma banda almeja o profissionalismo e se envolve com o mercado musical, o trabalho executado deve ser encarado como um produto, com forma, valor e até mesmo durabilidade, dependendo do que e como é oferecido. Há 12 anos envolvido com música, Oswaldo Netto é publicitário e baterista nas horas vagas, ofício este que pratica tão a sério como o emprego formal. Para ele, é fundamental ter noção de gestão empresarial do seu negócio, seja na firma em que trabalha ou na banda em que toca.
Netto se envolveu na área de gestão empresarial quando conheceu o também baterista Aquiles Priester, ex-Angra e atual Hangar, considerado por mídia especializada e fãs como um dos melhores e mais técnicos músicos de música pesada no Brasil. "Fiz aulas com ele por alguns meses e desde então conversava sobre questões administrativas, afinal, ele tem muita experiência no ramo, além de competente profissional", comenta.
A proximidade com pessoas que levam a trabalho na música a sério e conquistam mercado e lucro fez Netto perceber uma carência nas bandas de Piracicaba e região. "Muitos reclamam que não falta apoio, que tudo é difícil ou falta espaço para se apresentar, mas não se esforçam para mudar", fala o baterista, também ressaltando que o lado empreendedor deve vir à frente da paixão. "Uma vez na rota de shows, rotina de gravações de músicas, a banda é, sim, um negócio".
Neste sentido, Netto acredita no investimento pessoal para alavancar a banda, apostando em aulas técnicas, instrumentos bons e traçar uma proposta de marketing. "Muitos músicos tem um sério problema em vender seu produto. E quando os bares e casas de shows jogam o preço lá embaixo, eles aceitam e depois reclamam da desvalorização do profissional da música. Na verdade, o maior responsável por isso é o próprio músico".
Acreditar no próprio trabalho é a base que pavimentará o caminho para o profissionalismo, aponta Netto. "E partir daí entender que todas as ações da banda devem ser pensadas, como se apresentar onde realmente for viável e rentável, gravar e lançar material promocional de qualidade para o público conhecer o trabalho". É para tratar destes assuntos que a contratação de um produtor musical se torna viável. "Uma pessoa que entenda de música e também de propaganda e marketing".
Netto está envolvido com o heavy metal, mas afirma que gestão empresarial é indicada para qualquer estilo. "Porque o intuito é gerenciar de forma adequada o produto e gerar lucro". Para o baterista, todos envolvidos com música devem ter a preocupação desde a roupa que usará em palco até como será realizado o transporte em um eventual show fora da cidade de origem.

Erick Tedesco
tedesco@tribunatp.com.br
Publicado no jornal A Tribuna de Piracicaba no dia 03/02/2010 - http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=4831

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, bem bacana seu ponto de vista!

Michely disse...

Parabéns Nettão!!!
Gostei muito da matéria...te desejo muito mais sucesso!!!
Bjo,
Michely.

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