terça-feira, 13 de março de 2012

Palhaços Corporativos

Nunca pensei em escrever sobre este assunto, no entanto, existem situações que apesar dos meus quase 10 anos em organizações, continuo presenciando cenas, comportamentos, tão nefastos a ponto de duvidar sobre a competência e até mesmo a idade de certos profissionais do “alto-escalão”.

Nas universidades, as matérias são ministradas de acordo com uma empresa fictícia, onde conflitos entre líderes e subordinados tornam-se teorias válidas e dignas para os futuros empregados se iludirem no mercado de trabalho. Em ações de marketing, o cliente é atencioso no preenchimento do breafing, onde o budget de marketing é 10% sobre o faturamento liquido das empresas e os stakeholders nunca indagam sobre finanças e investimentos.



Mas tem um perfil que não é comentado. São os Palhaços Corporativos. É impressionante como alguns fazem questão de serem mestres de cerimônias em circos baratos do interior, onde poderiam ser os macacos enjaulados que comem banana para fazer graça ao público. 

Estão no topo da cadeira alimentar. São pais de família, onde ainda acham interessante ficar próximos ao treinador para conseguirem mais banana, gostam de roubar bala e doces de crianças para se sentirem superiores e, principalmente, gostam de fazer indagações hostis, onde o conteúdo não acrescenta nada ao interlocutor. 

Esses “animais” próximos do comportamento humano sentem a necessidade de serem inquestionáveis. Um desvio de comportamento faz o próprio subir na cadeia alimentar e sentar-se próximo à poltrona do “doutô”. E como é que eles vão parar lá? 

Imagino Tomás de Aquino assistindo uma reunião corporativa sobre estratégias de mercado onde indivíduos com alto teor de soberba em suas mentes fétidas, discutem sobre assuntos que não compreendem e ainda, utilizam jargões corporativos dos quais “buscam ações alinhadas ao processo evolutivo empresarial a fim de gerar sinergia nos valores do capital humano”. 

Sim. Reconhecemos vocês. Reconhecemos sua estratégia. Sentimos seu medo em relação aos mais novos. Gostaríamos muito de aprender com vocês, mas vocês não passam de palhaços corporativos. 


“O maior ato de fé acontece quando a pessoa assume que ela não é Deus.”
Oliver Wendell Holmes

Um comentário:

André Silva disse...

Fala, Netto!

Concordo plenamente com o seu post.

Atualmente estamos vivenciando e presenciando conceitos de comunicação medíocre, devido a soberba e a mediocridade dos palhaços corporativos. Não tem nada de novo acontecendo e muito "mais do mesmo" saindo em números astronômicos.

É muito mais fácil continuar no morno, no marasmo, do que ousar, arrojar, dar a cara para bater e sair na frente da concorrência.

Abraços,

André

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