Praticamente há 4 anos atrás, Piracicaba era representada apenas por um bar que seguia rigorosamente as tradições de chamar bandas underground do heavy metal. Intitulado pelos headbangers como “Bar do Mau...” Um bar na rua XV de Novembro (grande time de Piracicaba), com espaço para uma bateria de porte pequeno, mais alguns integrantes da banda, e se fosse possível, seus respectivos amplificadores. Para complementar o time musical, o espaço era preenchido pelo cheiro desgraçado de pinga, vomito, pessoas em estado vegetativo por posse de álcool e drogas de todos os tipos.
Nessa época, eu nunca vi um povo mais parceiro da banda Lost Hell (minha antiga banda de heavy metal). O pessoal estava lá, para prestigiar a banda nos melhores e piores shows. Pessoas que conhecíamos até pelo nome, e também, às vezes pintavam lá uns cachorros de rua que os “rockeiros” traziam. Ficava algo “nojento” que simplesmente ninguém se importava, era tudo pelo amor do Metal! Muita cerveja, muita gente bêbada... Pessoal nota 10!
Lembro de uma vez, chegando cedo para montar meu equipamento, consegui, depois de algumas horas, entrar pela porta da frente e comecei montar minha bateria. Logo após algum tempo, a banda já estava “quente” e querendo botar aquele boteco do Mau pra baixo! O cachorro preto andando de um lado para o outro desesperado, os pinguços do bar achando engraçado pessoas vestidas de preto e indo observar o que estava acontecendo. Aquilo tava uma loucura, até que um cara conseguiu quebrar a única luz existente no extinto bar. Ninguém pensou duas vezes, compraram velas pretas e ascenderam! Aquela visão foi incrível. Quando tocamos Fear Of The Dark então, a galera pirou, fizeram roda, e um vovô muito bêbado achou aquilo demais e entrou no meio! De trás da bateria só dava pra ver o “veio” sendo jogado pra cima que nem um boneco bêbado, fedorento, todo feliz lá em cima!
A sensação que você tinha se der roubado, ou tomar um tiro no meio da testa era enorme, mas isso era o clima que o pessoal pulava e seguia em frente. Foi engraçado, porque o dono do bar, sim, o Mau, estava quebrado, e cobrou 1 real para o pessoal entrar. Acreditem, encheu o lugar! O Mau conseguiu pegar um busão para não sei onde, sumiu da cidade e vendeu seu boteco. Lembro-me muito bem de ter dado um par de baquetas autografadas, que ele tinha deixado no bar por um tempo... O boteco do Mau era um boteco muito porco, mas era incrível tocar lá! Dezenas (não é centenas) de pessoas te prestigiando. Sem explicações. Pessoal agitava até na hora do solo de bateria... Coisa quase impossível em Piracicaba. Sem sombra de dúvidas foi uma das melhores épocas da minha vida. Convivi com pessoas incríveis, com um público do caralho que, mesmo após anos, continuam cumprimentando! Nem visinhos fazem isso! Até mesmo “amigos”.
Bom, nunca mais tive noticias sobre o Mau... Até mesmo seu nome eu nunca descobri, apenas que ele era um cara que batalhava, abriu seu boteco de pinguços que vários metaleiros iam lá, e quebrava tudo (literalmente). Talvez ele tenha um bar em uma outra cidade, até mesmo em um outro Estado, mas isso séria uma outra história...
Nessa época, eu nunca vi um povo mais parceiro da banda Lost Hell (minha antiga banda de heavy metal). O pessoal estava lá, para prestigiar a banda nos melhores e piores shows. Pessoas que conhecíamos até pelo nome, e também, às vezes pintavam lá uns cachorros de rua que os “rockeiros” traziam. Ficava algo “nojento” que simplesmente ninguém se importava, era tudo pelo amor do Metal! Muita cerveja, muita gente bêbada... Pessoal nota 10!
Lembro de uma vez, chegando cedo para montar meu equipamento, consegui, depois de algumas horas, entrar pela porta da frente e comecei montar minha bateria. Logo após algum tempo, a banda já estava “quente” e querendo botar aquele boteco do Mau pra baixo! O cachorro preto andando de um lado para o outro desesperado, os pinguços do bar achando engraçado pessoas vestidas de preto e indo observar o que estava acontecendo. Aquilo tava uma loucura, até que um cara conseguiu quebrar a única luz existente no extinto bar. Ninguém pensou duas vezes, compraram velas pretas e ascenderam! Aquela visão foi incrível. Quando tocamos Fear Of The Dark então, a galera pirou, fizeram roda, e um vovô muito bêbado achou aquilo demais e entrou no meio! De trás da bateria só dava pra ver o “veio” sendo jogado pra cima que nem um boneco bêbado, fedorento, todo feliz lá em cima!
A sensação que você tinha se der roubado, ou tomar um tiro no meio da testa era enorme, mas isso era o clima que o pessoal pulava e seguia em frente. Foi engraçado, porque o dono do bar, sim, o Mau, estava quebrado, e cobrou 1 real para o pessoal entrar. Acreditem, encheu o lugar! O Mau conseguiu pegar um busão para não sei onde, sumiu da cidade e vendeu seu boteco. Lembro-me muito bem de ter dado um par de baquetas autografadas, que ele tinha deixado no bar por um tempo... O boteco do Mau era um boteco muito porco, mas era incrível tocar lá! Dezenas (não é centenas) de pessoas te prestigiando. Sem explicações. Pessoal agitava até na hora do solo de bateria... Coisa quase impossível em Piracicaba. Sem sombra de dúvidas foi uma das melhores épocas da minha vida. Convivi com pessoas incríveis, com um público do caralho que, mesmo após anos, continuam cumprimentando! Nem visinhos fazem isso! Até mesmo “amigos”.
Bom, nunca mais tive noticias sobre o Mau... Até mesmo seu nome eu nunca descobri, apenas que ele era um cara que batalhava, abriu seu boteco de pinguços que vários metaleiros iam lá, e quebrava tudo (literalmente). Talvez ele tenha um bar em uma outra cidade, até mesmo em um outro Estado, mas isso séria uma outra história...